_Repasses dos governos federal e estadual somaram R$ 148 milhões de janeiro até abril, um aumento de 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado

(Credito: Keila Marques/PMM) – Baixar imagem
A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, apresentou nesta sexta-feira, 30, o 1º Relatório de Gestão de 2025, referente ao período de janeiro a abril, em audiência pública na Câmara Municipal. A apresentação atende a Lei Complementar 141/2012, garantindo a transparência da aplicação de recursos públicos na área da saúde.
A prestação de contas revelou que mais de um terço do orçamento da saúde foi reservado para despesas com serviços, obras, equipamentos, medicamentos, entre outros. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 previa R$ 793,6 milhões para o setor, mas o valor foi atualizado para R$ 822 milhões. Desse total, R$ 313,3 milhões já foram empenhados, o que representa 38,12% do total do orçamento da saúde para o ano.
A maior parte dos recursos empenhados foi encaminhada pelo governo federal (52,52%), seguida pelo município (39,02%) e pelo Estado (6,86%). Os repasses realizados pelos governos federal e estadual para a saúde de Maringá somaram R$ 148 milhões de janeiro a abril, o que representa um crescimento de 17,5% nos recursos destinados ao município em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o valor foi de R$ 126 milhões.
“Estamos fortalecendo a parceria com o governo federal e a prova disso é que dois ministros da Saúde estiveram em Maringá em menos de dois meses, Nísia Trindade e Alexandre Padilha, reforçando nosso compromisso com a aplicação responsável dos recursos da União no financiamento da saúde de Maringá”, afirmou o secretário.
Média e alta complexidade hospitalar responderam por 72,73% das despesas, evidenciando a demanda por atendimentos especializados no município. No período, também foram destinados R$ 5,35 milhões para investimentos em obras como a construção da UBS Jardim Andréa, a ampliação da UBS Vila Operária e a nova ala da Mulher no Hospital Municipal.
Indicadores – A apresentação também trouxe uma análise de mais de 80 indicadores de desempenho estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Entre eles destacam-se áreas como Acesso à Atenção Primária à Saúde (APS), Vigilância em Saúde, Saúde Materna e Infantil, Assistência Farmacêutica, Atenção Especializada, Saúde Mental e Capacitação dos Profissionais de Saúde.
Para fortalecer os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), foi iniciado o processo de reestruturação das 99 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Novos profissionais serão contratados e os atuais médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde da rede devem participar de capacitações. A iniciativa contribuiu para o aumento gradual das visitas domiciliares e de ações voltadas à saúde da mulher e à saúde materna, como a ampliação do pré-natal odontológico e a manutenção dos partos assistidos por profissionais qualificados.
O atendimento pediátrico de média e alta complexidade do município foi beneficiado com a antecipação da entrega de dez leitos de UTI e a inauguração do Ambulatório de Genética e Doenças Raras do Hospital da Criança.
O avanço da cobertura vacinal do município também foi destaque, principalmente após a retomada do atendimento completo da Sala de Vacina da Secretaria de Saúde. A aplicação de vacinas no público infantil alcançou índices satisfatórios, superando 90% em diversas vacinas, como pentavalente e tríplice viral.
Além disso, em abril Maringá foi selecionada como primeira cidade-piloto do Programa Mais Acesso a Especialistas do Paraná. Com essa medida, o governo federal vai disponibilizar recursos nos próximos seis meses para contratação e ampliação da oferta de consultas especializadas, exames complementares e cirurgias eletivas. Além disso, a Prefeitura está fortalecendo ainda mais as parcerias com hospitais, universidades e clínicas médicas do município. “Maringá registrou aumento de 5% da cota de consultas ofertadas, de 60% dos exames de colonoscopia e de 10% do atendimento ambulatorial do Hospital Municipal”, ressaltou o secretário Nardi.
O relatório também evidencia o crescimento expressivo dos casos confirmados de dengue, observado em todo o País. Por isso, a administração municipal intensificou as medidas de prevenção, principalmente, em áreas de grande circulação de pessoas. A aplicação de inseticida para reduzir a proliferação do mosquito Aedes Aegypt foi realizada em espaços como Aeroporto Regional, Terminal, Rodoviária, Parque de Exposições e Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
“O relatório mostra que estamos avançando, fazendo as mudanças necessárias para retomar as visitas domiciliares, o acompanhamento e a construção de vínculo com o paciente para fortalecer as ações de prevenção e promoção da saúde. Também reforça a importância das parcerias com o governo estadual e federal para garantir mais recursos destinados à ampliação da oferta de serviços”, destaca o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi.
A prestação de contas é fundamental para que a comunidade e o poder Legislativo acompanhem os avanços e desafios da saúde municipal. Participaram da audiência pública, a presidente da Câmara, vereadora Majô, e os vereadores Sidnei Telles, Lemuel, Daniel Malvezzi, Maninho, Uilian da Farmácia, Professora Ana Lúcia, Giselli Bianchini, William Gentil e Mário Hossokawa.
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