Agora, pergunte a você mesmo se existe país desenvolvido que não tenha priorizado a EDUCAÇÃO, viabilizado escolas bem cuidadas, aparelhadas tecnologicamente, professores e funcionários remunerados dignamente. Uma vez inauguradas, nossas escolas são relegadas ao abandono, da pré- escola ao ensino superior.
Se os recursos constitucionais previstos para a EDUCAÇÃO não fossem manipulados, a Escola Brasileira estaria na vanguarda entre as melhores do mundo.
E por falar em EDUCAÇÃO, você já ouviu algo a respeito da CONAE 2024 (Conferência Nacional da Educação)? Não? Mas segundo o Fórum Nacional de Educação, as propostas da CONAE 2024 já foram debatidas nas esferas municipal, distrital e estadual, mas pelo jeito, a comunidade educacional brasileira não foi de fato instada a dela participar.
Da CONAE 2024, fazem parte propostas interessantes, tais como a universalização da pré- escola a partir dos 04 anos de idade, o ensino fundamental de 09 anos, a garantia da educação até os 17 anos com a vertente técnico-profissionalizante em nome da implantação do custo- aluno com qualidade. Entretanto, não basta o discurso. É necessário investir em nossa maior riqueza: as crianças e os jovens do Brasil.
No passado, a China era um país miserável e é hoje uma potência de primeira grandeza, porque priorizou investimentos na formação das crianças e adolescentes.
Aqui, a nossa juventude vive a angústia da falta de perspectivas e do crônico desemprego.
Vale a pena conhecer as diretrizes da CONAE 2024, a exemplo da flexibilização do ensino médio ou dos 10 por cento do PIB para a EDUCAÇÃO, mas é preciso participar e fiscalizar os debates, para que a nova Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional seja uma alavanca eficaz para toda a comunidade educacional de que fazem parte os estudantes e os familiares deles, os professores e os funcionários.
Finalmente, a EDUCAÇÃO BRASILEIRA NÃO MERECE O RÓTULO DE SER RUIM.
Professor Tadeu França É graduado em letras pela Universidade Estadual de Londrina (1970), em filosofia pela Universidade de Passo Fundo (1973) e em Direito, pela Faculdade de Direito de Itapetinga (1985). Mestre em Letras pela Centro de Pós-Graduação de Bauru (1977). Foi professor da rede pública de ensino do Paraná. Após sua saída da vida pública, tornou-se professor de literatura na Universidade Estadual de Maringá.