Num momento de redefinição tributária do país,
acredito que o Deputado Luiz Carlos Rauly ainda vai corrigir a injustiça tributária contra o Paraná contida na Constituição de 88, no artigo 155.X- onde textualmente se lê:
NÃO INCIDIRÁ (IMPOSTO)
b) SOBRE OPERAÇÕES QUE DESTINEM A OUTROS ESTADOS PETRÓLEO E ENERGIA ELÉTRICA.
Essa injustiça ficou gravada em minha memória. O então constituinte José Serra apresentou- se como falso padrinho dos três por cento do IPI nacional para o desenvolvimento do Nordeste. Nós, paranaenses, votamos a favor do benefício, sem de longe imaginar que a bancada nordestina com quem sempre votavam solidariamente as bancadas do norte e do centro- oeste, em troca do acerto que nunca foi uma conquista do paulista Serra, votaram com os vizinhos paulistas contra o direito sagrado do Paraná de permanecer com o imposto sobre energia elétrica aqui produzida por Itaipu. Foi assim que até hoje o Paraná vem arrastando prejuízos imensos em sua arrecadação que em nome de negociatas espúrias de uma guerra fiscal incoerente passou a beneficiar o estado que consome e não o que produz.
Segundo informações do próprio Hauly, então Secretário das Finanças de nosso Estado na época, os prejuízos ao Paraná comprometeram a quinta parte da arrecadação global paranaense, já que o Paraná vendia dois terços da energia elétrica produzida em Itaipu.
Infelizmente, tendo contra o Paraná o bloco paulista a que se somaram majoritariamente os constituintes do nordeste, norte e centro-oeste, triunfou a picaretagem e o Paraná perdeu.

Professor Tadeu França