Nesta última sexta-feira (6), Maringá foi o cenário de uma mobilização em apoio às escolas especializadas, incluindo APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), ANPR (Associação Norte Paranaense de Reabilitação) e AMA (Associação Maringaense dos Autistas). O evento integra o movimento estadual “Eu Apoio as Escolas Especializadas”, em resposta à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7796, atualmente em análise no Supremo Tribunal Federal.

Impacto da ADI

A ADI questiona a constitucionalidade de duas leis paranaenses (17.656/2013 e 18.419/2015) que autorizam o repasse de recursos públicos para instituições que atendem pessoas com deficiência. Os organizadores da mobilização alertam que a aprovação da ADI pode ameaçar a continuidade dos serviços prestados por essas instituições, que acolhem crianças e jovens com autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral e outras condições que demandam atendimento especializado.

Vozes da Mobilização

Uma das coordenadoras do ato enfatizou: “É importante entender que as escolas regulares não possuem a estrutura nem os profissionais capacitados para atender todos os casos que recebemos aqui. Isso resultaria na falta de atendimento adequado para muitos alunos.”

A cada momento, os semblantes das pessoas eram de apoio, e mães cujos filhos são atendidos por essas instituições chegavam emocionadas ao falar sobre a importância dos cuidados recebidos. Durante a mobilização, houve adesivação nos carros, e a cada instante mais membros da comunidade se juntavam à ação, fortalecendo o clamor por suporte às escolas especializadas.

Crescimento da Campanha

A campanha está se expandindo por todo o Paraná, buscando conscientizar autoridades e a sociedade civil sobre a relevância do financiamento público para escolas especializadas. A Federação das APAEs do Paraná (FEAPAEs-PR) também se posicionou contra a ação.

Expectativa de Visibilidade Nacional

Os organizadores esperam que essa mobilização ganhe destaque em nível nacional e que o Supremo Tribunal Federal considere os efeitos sociais da possível interrupção dos repasses.

Edição : Edilson Correia