Dra. Rosimeire Ferreira Martins explica os níveis de autismo e a necessidade urgente de políticas públicas para apoiar crianças e famílias afetadas pela condição.

Na última sexta-feira, 11 de abril, o Sicredi Dexis em Maringá foi palco de uma palestra impactante sobre autismo, ministrada pela neurologista Dra. Rosimeire Ferreira Martins. O evento, parte do 2° Ciclo de Palestras TEA, marcaram presença o Deputado Evandro Araujo relator do código do Autista do Paraná, vereadores, educadores e mães de crianças autistas em busca de informação e conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Durante a palestra, Dra. Rosimeire enfatizou a classificação dos níveis de autismo conforme o DSM-5, que se baseia na quantidade de suporte necessário para cada indivíduo. Ela detalhou os três níveis:

  1. Nível 1 (Autismo Leve): Indivíduos nesse nível enfrentam dificuldades sociais, como iniciar interações e manter conversas, mas conseguem se comunicar em ambientes familiares.
  2. Nível 2: Aqui, as dificuldades são mais evidentes, com comunicação limitada e comportamentos repetitivos que interferem nas atividades diárias.
  3. Nível 3 (Autismo Severamente Atingido): Este nível requer apoio substancial, pois as pessoas apresentam desafios significativos na comunicação e nas atividades diárias, além de rigidez extrema e crises frequentes.

A Dra. Rosimeire destacou a importância dessas classificações para entender as necessidades específicas de cada criança e adaptar o suporte necessário para promover a inclusão e o desenvolvimento adequado.

O evento contou com a presença de figuras importantes da política local, como os vereadores William Gentil e Guilherme Machado, além do deputado estadual Evandro. Mães atípicas e educadores também estiveram presentes, buscando informações valiosas para apoiar suas crianças.

O Instituto TEA, representado pela presidente Andréia Meireles e pela vice Rosângela dos Santos — ambas mães de crianças autistas — organizou a palestra com o intuito de promover um espaço de diálogo sobre políticas públicas efetivas para essa população. Andréia e Rosângela reforçaram que o instituto nasceu da luta por melhores condições e serviços para aqueles que estão dentro do espectro autista.

“É fundamental trazer informações para mães e pessoas envolvidas com o autismo. Essa condição precisa ser reconhecida pelo poder público com políticas que realmente contemplem as necessidades das famílias”, afirmou Andréia.

A palestra não apenas esclareceu questões sobre o autismo, mas também uniu a comunidade em torno da causa, destacando a necessidade urgente de ações concretas para garantir apoio às crianças autistas e suas famílias.

Edição: Edilson Correia