A técnica estimula pontos específicos da orelha, alinhando conhecimentos da Medicina Tradicional Chinesa, reflexologia e biomedicina e tem sido usada em atendimentos individuais e coletivos para diversos tipos de problemas de saúde, após avaliação clínica da equipe.

A Secretaria de Estado de Saúde realizou nesta semana o curso de formação em auriculoterapia para mais de 800 profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) no Paraná. Os participantes certificados estão aptos, a partir de agora, a utilizar a prática terapêutica nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) nos municípios paranaenses.

Ele reuniu profissionais de saúde de todas as regiões e teve o apoio das referências técnicas de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) das regionais de Paranaguá, Ponta Grossa, União da Vitória, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina. As aulas aconteceram nos municípios-sede das regionais.

A formação em auriculoterapia visa ampliar essa oferta no Sistema Único de Saúde (SUS). A técnica estimula pontos específicos da orelha, alinhando conhecimentos da Medicina Tradicional Chinesa, reflexologia e biomedicina e tem sido usada em atendimentos individuais e coletivos para diversos tipos de problemas de saúde, após avaliação clínica da equipe.

A auriculoterapia é indicada para o tratamento de uma série de condições agudas e crônicas, como dores lombares, cefaleia, torcicolo e contraturas musculares, dores articulares, ansiedade, depressão, insônia, azia, náuseas, sintomas do climatério, obesidade, constipação, cólicas menstruais, tabagismo, entre outras. Pode ser usada como tratamento principal ou, mais comumente, em associação com outras terapêuticas, de modo a enriquecer as possibilidades de cuidado.

De acordo com a nutricionista e coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira, o uso da técnica pode contribuir para a redução do consumo de medicamentos e melhorar a qualidade de vida e saúde da população, tanto nos aspectos físicos quanto mentais. “Ela pode ser usada como tratamento principal ou, mais comumente, em associação com outras terapêuticas, de modo a enriquecer as possibilidades de cuidado, visando o cuidado integral à saúde”, afirma.

CURSO – O curso é ofertado e certificado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e executado no Paraná em parceria com a Divisão de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física da Sesa, via convênio com a coordenação nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), do governo federal. Foram 75 horas de aulas EaD, de cinco módulos sequenciais, e uma etapa presencial, com carga horária de 5 horas.

“Ele veio trazer para a minha vida pessoal e profissional uma oportunidade de aprender uma técnica para benefício do corpo. Mudou muito a minha visão e atingiu todas as minhas expectativas esse curso, com excelente conteúdo e adequado para a prática”, disse Rose Calixto, enfermeira no município de Palmeira e participante do curso.  

AURICULOTERAPIA – A auriculoterapia é uma das 29 Práticas Integrativas disponíveis no SUS. Essa terapia consiste na aplicação de agulhas esféricas finas, sementes de mostarda em pontos específicos na orelha. “A orelha é considerada um microssistema que reflete todo o corpo e seus órgãos. Ao estimular os pontos na orelha, a auriculoterapia busca equilibrar a energia do corpo e melhorar as funções dos órgãos internos”, pontuou o professor Eduardo, que ministrou a aula prática em três polos.

As Práticas Integrativas atuam de forma complementar aos tratamentos convencionais. Em 2023, segundo dados extraídos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), foram realizados 30.059 procedimentos de auriculoterapia em 80 municípios do Paraná.

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