Cada R$ 1 investido pela gestão municipal na ′Maringá Encantada 2023′ teve retorno de R$ 4,57 na economia da cidade. É o que mostra pesquisa desenvolvida pela Prefeitura de Maringá, com apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) e do Departamento de Pesquisa e Estatística da Acim (Depea), sobre o evento natalino. A edição de 2023 teve impacto econômico de R$ 54,2 milhões, considerando o consumo de turistas e visitantes com os serviços de alimentação, lazer, hospedagem, transporte e compras.

O levantamento apresentado nesta sexta-feira, 23, aponta o Índice de Alavancagem Econômica (IAE) dos turistas (pessoas que vieram de outras cidades e se hospedaram em Maringá por alguns dias) e excursionistas (pessoas de outras cidades que visitaram Maringá e retornaram no mesmo dia). A metodologia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) considera a movimentação econômica gerada pelo evento e o investimento público para realização da ′Maringá Encantada′. Com investimento do município de R$ 11,8 milhões e movimentação de R$ 54,2 milhões, o índice ficou em 4,5. Isso significa que a cada R$ 1 investido, R$ 4,57 retornou para a cidade. 

Para chegar aos números, foram cruzados dados econômicos com os resultados de uma pesquisa de campo realizada durante o evento. Foram entrevistadas mil pessoas em locais onde havia decoração da Maringá Encantada ou espetáculos. Durante a pesquisa, os visitantes informaram quanto pretendiam gastar com os serviços de alimentação, lazer, hospedagem, transporte e compras. Os pesquisadores tabularam os dados, de acordo com a proporção de visitantes, e aplicaram a metodologia da FGV (confira em anexo a apresentação completa).

O grupo de pesquisadores também analisou mais de 700 fotografias, incluindo imagens de drone e de câmeras de monitoramento do Centro de Controle Integrado da Guarda Civil Municipal. Por meio da análise, foi contabilizado público de 863.041 pessoas, das quais 31%, ou seja, 267.543 vieram de outras cidades. O público estimado de visitantes é de 1,2 milhão de pessoas.

“O resultado da pesquisa reforça a grandiosidade e importância da ′Maringá Encantada′, que é sinônimo de fomento da economia e transformou o período de fim de ano na nossa cidade. Os dados comprovam que os investimentos retornam para a economia local, com geração de emprego e renda. Além disso, garantimos que a comunidade e turistas possam viver Maringá, com grandes espetáculos e atrações que encantam”, afirmou o prefeito Ulisses Maia. 

“Consolidamos a Maringá Encantada no calendário nacional de turismo, com a Marca Brasil da Embratur. Conquistamos esse reconhecimento tão importante, e sabemos do nosso papel enquanto gestores públicos, em governar para as pessoas e também oferecer cultura e lazer para todos, de forma aberta e acessível, complementou o vice-prefeito e secretário de Aceleração Econômica e Turismo, Edson Scabora.

Sustentabilidade – Além do impacto econômico, a ′Maringá Encantada 2023′ figurou como uma festividade mais inovadora e sustentável. Ao invés de estruturas de aço, a Prefeitura de Maringá apostou no uso do Bambu, que garante beleza, segurança e também a eficiência ambiental. O estudo científico realizado pela Ugreen Consultoria, comprovou que, em comparação ao uso do aço, o bambu traz resultados relevantes e positivos para o meio ambiente.

Ao usar o aço, seriam lançadas 141 toneladas de CO2 eq, no meio ambiente. O resultado deste valor considera o fornecimento, incluindo o transporte ao local de manufatura, o trabalho de transformação no aço no produto final e o transporte do produto até o local do evento. Considerando que uma árvore absorve, em média 4,3 kg CO2, seriam necessárias 35 mil árvores para neutralizar a poluição, por um ano. 

O estudo comprovou ainda que, com o bambu, o resultado é inverso e há um sequestro de mais de 9 toneladas CO2 eq, do meio ambiente. O cálculo considerou a absorção de CO2 durante o crescimento, a extração e transformação, o transporte upstream, a manufatura e o transporte até o local do evento.

Outras vantagens da adoção do bambu são a reciclagem por ser biodegradável, menos impacto na diversidade biológica, baixo consumo de água, mínimo desperdício, baixa energia embutida, amigável ao meio ambiente, de rápida regeneração no meio ambiente e também de forma social, com mínimos riscos à saúde e ao fomento da mão de obra local.

Anexos

http://www.maringa.pr.gov.br/